segunda-feira, 21 de junho de 2010

Exemplos de ações de empresas em mídias sociais

Ações da Nokia, Dell e Coca-Cola em mídias sociais norteiam profissionais de marketing e comunicação ainda pouco experientes no relacionamento online.

Por Daniela Machado

O sucesso de uma empresa depende também do relacionamento que ela mantém com seus clientes. Além de vender, é preciso fidelizar. E com o advento das mídias sociais a Internet tornou-se um novo espaço de aproximação entre marcas e clientes.

Através de blogs e perfis em ambientes muito frequentados como no Orkut, Twitter, Facebook e YouTube, entre outros, é possível compartilhar conteúdos, novidades, opiniões e experiências.

A presença de uma empresa na Internet reforça e dissemina os valores da marca e facilita a participação do seu público alvo, abrindo espaço para a conservação e a comunicação dirigida.

Mas não basta estar, é preciso saber estar e interagir. Um estudo divulgado este ano pela Associação Comercial de São Paulo mostrou que apenas 17% das empresas paulistanas têm cadastros ativos em mídias sociais. (Veja mais em Pequenas empresas ainda longe das redes sociais).

Estes números comprovam que é fácil criar uma conta, o difícil é mantê-la atualizada.

Quem trabalha como analista de mídias sociais precisa conjugar diversos conhecimentos, como conhecer as potencialidades e limitações dos sites de redes sociais, saber qual o perfil e as expectativas dos seus clientes, entender o que eles buscam nestes espaços, definir objetivos de comunicação nesses canais, planejar ações, ficar atento às novidades e escolher a melhor forma de interagir com o público.

Não corra do seu cliente online

A presença de uma marca nestes espaços implica estar ativo e também receptivo. Dúvidas e reclamações sobre os serviços prestados pela empresa vão surgir e, neste tipo de situação, ficar calado pode gerar um sentimento de indignação no consumidor.

A empresa pode escolher em dar o retorno publicamente ou através de contato direto via e-mail ou telefone, mas o importante é não fugir do consumidor.

Cedo ou tarde ele vai voltar à rede social e agradecer a atenção ou elogiar o seu produto. Mas se você o ignorar ele vai espalhar a sua insatisfação e isso poderá impactar nas suas vendas, pois a troca de opiniões em redes sociais influencia fortemente na decisão de compra do cliente.
 
Com a facilidade de acesso à Internet cada vez mais as pessoas pesquisam um produto ou serviço antes de ir até a loja para adquiri-lo. Acessam blogs, sites e, claro, as redes sociais para ver quais são as vantagens e desvantagens do produto.

Siga o exemplo das grandes marcas

Se a marca não é muito conhecida pode-se criar promoções e concursos para ganhar amigos/seguidores e ir investindo em conteúdo interessante sobre o seu segmento de mercado.

Se a marca é conhecida, certamente seus fãs já criaram uma comunidade no Orkut para expressar seu amor. A Coca Cola possui uma comunidade chamada “Eu Amo Coca-Cola” que possui mais de 300 mil membros.

Nesses casos uma boa saída é se relacionar com o administrador da comunidade e interagir com os participantes.

Uma ação feita pela Nokia, chamada de Nokia Guru, reúne os fãs de seus aparelhos para ajudar a empresa a responder dúvidas de usuários que se relacionam com a marca das mídias sociais.

A recompensa pelo esforço vem através de prêmios que são dados todos os meses ao participante de cada categoria que fizer o maior número de pontos. Ideias como essas não aumentam apenas o capital social da marca na Internet, mas também se reverte em satisfação dos clientes e no aumento das vendas.

O perfil da Dell no Twitter é outro exemplo de empresa sabe fidelizar seus clientes através do contato direto com seus mais de 23 mil seguidores.

A Camiseteria, empresa que vende camisetas com estampas exclusivas feitas por designers de todo o Brasil, criou um perfil no Twitter chamado SAC Camiseteria apenas para responder as dúvidas dos seus clientes.

A confiança com o cliente é construída através de respostas rápidas e do acompanhamento diário feito por um especialista no assunto. O grande erro de muitas empresas é pensar que qualquer pessoa sabe usar as redes sociais para promover uma marca.

Estar atento as novidades do mercado e contratar especialistas no assunto vai ajudar a sua empresa a se posicionar corretamente nas mídias sociais e conquistar e manter o prestígio junto aos seus consumidores.

Fonte: Webinsider





segunda-feira, 7 de junho de 2010

Social Media: mudou o comportamento. Mas e o consumo de mídia, mudou?

Por Cris Rother
 
Quando buscamos por social media encontramos, obviamente em um site de social media, a definição: “Trata-se da produção de conteúdos de forma descentralizada e sem o controle editorial de grandes grupos”. É assim que é definida pela Wikipedia. Nota-se, portanto, que só pela fonte se trata mesmo de mídia em redes sociais, já que são informações fornecidas pelos próprios usuários, disponíveis e sem vínculos com a empresa ou site, de fornecer conteúdo onde outros poderão encontrar as mais variadas formas de definições e esclarecimentos.

Percebemos vários tons, de diferentes classes na rede, vindas de: consumidores, investidores, voluntários, empregados, fãs, críticos, competidores, assim como de qualquer pessoa com acesso à internet que queira compartilhar uma opinião, o que demonstra a socialização da informação; portanto resta às empresas administrarem o que é falado delas, de forma planejada e organizada, uma vez que não há controle do que é falado, nem tampouco uma censura com relação à forma.

Podemos fatiar os diversos graus e níveis de colaboração em vários segmentos, mas notamos que todos são de alguma forma colaborativos e me perdoem se me esquecer de algum, mas conforme escrevo já devem ter mais alguns surgindo na rede.

São eles: Comunicação por meio de Blogs (Blogger e Wordpress); Microblogs (Twitter e Pownce); Redes Sociais (Orkut, Facebook, LinkedIn e MySpace); Eventos (Upcoming); Colaboração por wikis (Wikipedia); Agregadores de sites (StumbleUpon); Notícias (Digg, Reddit, EuCurti e Rec6); Opiniões (Epinions); Multimídia (Flickr, Zooomr, YouTube e Vimeo); Transmissões ao vivo (Justin.tv); Músicas/áudios (imeem, Last.fm e Jamendo) e Entretenimento (Second Life, Habbo, Miniclip.com e MMO- Massively Multiplayer Online Game - World of Warcraft).

Com essa vasta possibilidade de sites de mídia social entendemos o que atrai dois terços de toda a população global, que está online e que totalizam 1.5 bilhão de pessoas. Na América Latina são 160 milhões de usuários, segundo dados do Target Group Index América Latina.

A mídia social já é a quarta categoria online mais popular do mundo, de acordo com dados da Nielsen Online Study mar/09.

O crescimento das redes sociais ultrapassa o dos sites busca e portais e o primeiro em envolvimento, já que a média de navegação por pessoa ultrapassa atividades como sites de busca, o que torna a rede social no Brasil é o 1 º em média de tempo de navegação por pessoa, nos locais de trabalho e casa (NetView Nov/09) é de 04:12:48 em redes sociais contra 01:09:04 por sites de busca, sendo que dentro deste tempo  71% leem blogs!

Quando pensamos em métricas e ferramentas que nos possibilitam rastrear e entender as comunidades percebemos como é de fundamental o monitoramente na rede, o que torna uma estratégia essencial para poder responder às comunidades, seja de forma clara e objetiva, como uma ação de call center, como se utilizam diversas empresas brasileiras e americanas, assim como de uma forma subjetiva ou de viralização, como também são encontramos muitos clientes agindo de forma viral e contratando agências e empresas especializadas para fomentar este tipo de ação.

É bom notar que estas métricas são diferentes de outras utilizadas na mídia online, apesar de haver certa familiaridade entre elas. Começando, temos a Audiência (visitantes, pageviews, volume de reviews e comentários, número de indivíduos comentando e dispersão - links relacionados), o Engajamento (sentimento de reviews e comentários, afinidade com a marca, influência do comentarista, tempo online, favoritos, amigos e fãs, conteúdo viral distribuído e número de downloads/instalações) e há também os Insights (pedidos de compra, novos negócios, satisfação do consumidor/lealdade e eficiência de marketing).

Por exemplo, uma marca tem uma fanpage no Facebook, onde ela convida seus fãs para a pré-venda de um lançamento e conta também para os seguidores no Twitter. Isso faz os consumidores comprarem e contem para a sua rede de contatos sobre a experiência; pois o oposto também pode acontecer, de forma espontânea, mas pouco publicitária, onde uma loja faz uma promoção, eu compro e tenho uma boa experiência. Publico em minha conta no Facebook conectada à minha conta no Twitter e toda nossa rede de contatos fica sabendo da promoção, que já passou.

Ou seja: podemos ser pró-ativos e nos beneficiarmos disso ou sermos reativos e torcermos para que esta seja uma boa experiência e reflita positivamente em nossa rede de contatos.

Fica aí a dica!

Artigo publicado pela diretora executiva do IBOPE Nielsen Online, Cris Rother, no jornal Propaganda & Marketing, em 8 de fevereiro de 2010