Por Carol Terra
Há tempos, um dos objetivos das relações públicas é a formação de redes de relacionamento das organizações com seus mais diversos públicos. Com as novas tecnologias baseadas na web, a formação de redes de relacionamento é incrementada, potencializada.
As tecnologias da comunicação e da informação vieram para ficar e para as relações públicas são um trunfo a mais no mix de instrumentos utilizados para o estabelecimento de relacionamentos entre as organizações e seus públicos. A possibilidade de agregação, conectividade, tempo real e formação de comunidades de interesses são elementos que facilitam o relacionamento entre organização e públicos de interesse.
As redes se espalharam e estão em todo o lugar: Palms, Ipods e celulares conectam todos a todo tipo de informação. Na rede que se consolida, a internet é um pólo catalisador dessa convergência. É a plataforma, o ponto de comunicação, o que permite interação mútua de formas de arquivos que migram entre todas as mídias: áudio, animação, vídeo, texto e imagem.
A internet é a mídia das mídias, tem a capacidade de reunir e oferecer conteúdo originalmente criado “por” ou “para” outras mídias como jornais, revistas, rádio, tv. O modo como ela funciona permite que a informação seja veiculada conforme a necessidade do usuário. Se a internet não vai substituir outras mídias, certamente vai modificá-las.
No entanto, não basta proporcionar uma relação com os públicos se não houver uma estratégia que permita a utilização da linguagem correta, do canal mais adequado e do momento ideal, culminando em uma comunicação dirigida eficiente.
No futuro, cada usuário terá sua rede pessoal, que se estenderá à sua residência, aos seus eletrodomésticos, ao seu carro, ao seu computador e aos seus dispositivos e telefones portáteis. É um conceito que reestrutura a percepção individual de tempo e espaço, já que possibilita um enorme controle das relações humanas e materiais na vida do usuário (PÓVOA, 2000:60). É frente a essa realidade que o profissional de RP deve pensar suas estratégias de relacionamento com seus públicos sem ser invasivo ou agressivo.
Porém, mesmo diante desse cenário de interconexões e facilidades na rede, as relações públicas há muito já se ocupam da formação de redes. Redes de contato, de relacionamento e de interesse entre a organização e os públicos estratégicos e ligados a ela. O conceito não é novo, mas o contexto em que é citado é que vem fazendo toda a diferença.
Diversas características estão vindo à tona com a internet: tempo real, imediatismo, instantaneidade – a Tv e o rádio já permitiam isso há tempos; formação de redes – as antigas correntes de cartas já esboçavam essa propriedade; linguagem mais simples – a fala sempre foi assim, entre outras muitas.
O que diferencia a internet é o fato de que nenhuma outra mídia conseguiu essa proeza de unir características e linguagens de todos os meios de massa com a vantagem de ser dirigida.
Em um cenário de commodities (tanto em termos de produtos, como de serviços), o que dá valor a tudo isso é a comunicação organizacional planejada e programada por um profissional competente para a tarefa.
O profissional de RP deve ser o grande gestor da web apoderando-se nas funções de monitoramento e controle da internet, escolhendo as melhores ferramentas para falar com os públicos de interesse.
Fonte: RP Bahia
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